Um grupo de 88 militares alocados em escolas cívico-militares no estado do Mato Grosso está consumindo mais de 7 milhões de reais anuais em recursos destinados à Educação. Essa situação tem levantado questionamentos sobre a gestão dos fundos educacionais e a priorização de um modelo de escola que, segundo críticos, pode ser considerado inconstitucional.
O Sindicato dos Trabalhadores no Ensino Público de Mato Grosso (Sintep/MT) tem se manifestado fortemente contra essa alocação de recursos, argumentando que o montante poderia ser melhor empregado em outras áreas da educação que necessitam de mais atenção e investimento. A entidade sindical aponta que a destinação de tais verbas para o pagamento de salários de militares em escolas cívico-militares reflete uma escolha política que não condiz com as necessidades reais do sistema educacional do estado.
Os defensores das escolas cívico-militares, por outro lado, argumentam que a presença de militares contribui para a disciplina e melhoria do ambiente escolar, além de promover valores como hierarquia e patriotismo. No entanto, o debate se intensifica quando se considera a legalidade e a eficácia desse modelo educacional, bem como a transparência e a adequação na utilização dos fundos públicos.
O Sintep/MT tem alertado para o risco de que a aplicação de recursos da Educação em salários de militares possa comprometer investimentos em áreas críticas como infraestrutura, materiais didáticos, formação de professores e programas de apoio a estudantes. A situação tem gerado um amplo debate sobre as prioridades do governo estadual e a necessidade de revisão das políticas públicas para garantir uma educação de qualidade e acessível a todos os cidadãos mato-grossenses.
Fonte: sintep.org.br