O prefeito de Cuiabá, Emanuel Pinheiro (MDB), anunciou hoje, 1º de março, a iniciativa do município em ceder um espaço para a realocação de 53 famílias venezuelanas indígenas, tornando a capital mato-grossense a primeira cidade brasileira a criar uma aldeia urbana destinada a abrigar famílias indígenas provenientes da Venezuela.
O projeto, que visa oferecer um local apropriado para que estas famílias possam manter suas tradições e cultura, é uma resposta humanitária à crise migratória que tem afetado diversos países da América Latina, incluindo o Brasil, onde muitos venezuelanos buscam refúgio devido à severa crise política e econômica enfrentada por seu país.
Durante a apresentação do local, o prefeito Emanuel Pinheiro destacou a importância da solidariedade e do respeito à diversidade cultural. “É um momento histórico para a nossa cidade, que demonstra o compromisso de Cuiabá com os valores humanitários e com a integração de povos irmãos que buscam no Brasil uma nova chance para reconstruir suas vidas”, afirmou Pinheiro.
As famílias beneficiadas pela iniciativa serão acomodadas em uma área que contará com infraestrutura básica e acesso a serviços essenciais, como saúde, educação e assistência social. Além disso, o projeto prevê a inclusão de espaços para a prática de atividades culturais e produtivas, permitindo que os indígenas venezuelanos possam gerar renda e contribuir economicamente com a comunidade local.
A ação da Prefeitura de Cuiabá é fruto de uma colaboração entre o poder público municipal, organizações da sociedade civil e agências internacionais que atuam na assistência a refugiados e migrantes. A expectativa é que a aldeia urbana se torne um modelo de acolhimento e integração para outras cidades que enfrentam desafios semelhantes.
A comunidade internacional e os defensores dos direitos humanos têm acompanhado de perto a situação dos indígenas venezuelanos no Brasil, e a iniciativa de Cuiabá é vista como um passo positivo no sentido de garantir a proteção e o respeito às populações vulneráveis que buscam refúgio no país.
Fonte: fococidade.com.br